quarta-feira, 28 de maio de 2014

Sobre Histórias

Lembro que sempre gostei de ouvir histórias, e com o passar do tempo apaixonei-me por contá-las. Toda teoria que a gente tem contato precisa ter alguma finalidade para a vida prática, se não for deste jeito, na verdade não serve para nada.  E quanto às pessoas e  as relações humanas não sou caxias ou radical: não acho que um pessoa precisa ser uma coisa e necessariamente ter que abrir mão de outra. Como se fôssemos caixinhas que precisam ser separadas e categorizadas.
Hoje, com este post, não tenho a intenção de contar uma história, mas pensar e refletir sobre o movimento da história, seja ela coletiva, subjetiva ou pessoal.  A pergunta que me segue e não me deixa dormir é: quantas histórias cabem num espaço de tempo?
 Engraçado como minha formação têm influenciado a maneira como eu vejo as coisas e percebo o mundo. Sinto-me inclinadíssima a tendência de que devemos entender o momento histórico para compreender as ações dos sujeitos, e que isso tem tudo a ver com as experiências pessoais. Daí percebo o quanto a teoria pode aliar-se à prática e que talvez eu esteja fazendo bem o dever de casa.
Nada do que é histórico me parece estranho, inexplicável ou uma verdade absoluta. Este pequeno texto, diferente dos demais que escrevo, parece frio e científico, mas garanto- lhes que isto muito pouco tem a ver com a pessoa que tenho me tornado depois das experiências que vivi na minha História, ou com a permissão de que outras pessoas também fossem personagens na minha narrativa.
Talvez a tentativa de explicar tudo de forma descritiva e reflexiva, não ajude-nos a encontrar todas as respostas, mas quem sabe tirar  um pouco do peso dos ombros.
Não cabe a nós julgar as pessoas, o que elas fazem o que se tornam. Tem aquele velho ditado que o pior perdedor é aquele que mente pra si mesmo. E é bem isso, sem delongas e teorias.
O fluxo que escreve a história não é um só, ele é múltiplo e surpreendente.  Não é cíclico e nem constante. Ele se desdobra e ganha corpo. Ele permite várias  interpretações e discursos. Os personagens não são os mesmos, por sua vez, as ações também não. Os fatos podem ser um só, mas a História não é só uma. Nem o final.

Um comentário:

  1. Compartilho da sua ideia de que não devamos optar por um dos nossos lados. Como você bem disse, não somos caixinhas e não devemos aderir a essas moda de etiquetas. Até porque se limitar a ser algo é limitar suas capacidades de ser transformador (a)! E o homem - no sentido mais amplo da palavra e sem "etiquetagens" - é um ser em constante transformação. As nossas aprendizagens nos moldam e como são constantes podemos e devemos mudar de opinião constantemente, trilhar e desconstruir caminhos e conceitos diferentes... É essa a História que construímos: linear e variante.

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