quarta-feira, 25 de junho de 2014

O momento em que fui Amélie Poulain

Num dos meus filmes prediletos a mocinha passa a vida tentando fazer o bem para os outros sem se preocupar muito com ela. Esta coisa de ao mesmo tempo ser protagonista do filme, mas parecer despretensiosamente figurante de sua própria vida, me faz adorar tal história.
A primeira vez em que o vi fiquei intensamente encantada e emociona. Pensei que quem o tivesse escrito fosse uma espécie de gênio sensitivo e que percebesse de um jeito muito especial o mundo. 

Acho que eu estou num momento muito diferente da minha vida. Um momento em que como poucas vezes eu não estou focada em mim mesma, em que estou mais preocupada com as pessoas ao meu redor e com as pessoas que eu amo. Preocupada em fazer o bem.
Com a novidade de que pela primeira vez isso não me causa medo ou insegurança.
Eu estou amando e me deixando amar sem querer protagonizar nada, sem querer escrever o final da história. Este é o momento mais Amélie da minha vida, e eu não tenho pressa que passe. 
A fé continua. Eu acredito que só os corações bons herdarão o reino do Amor.




(...)
''- Sabe a garota do copo de água?
- Sei.
- Se parece distante, talvez seja porque está pensando em alguém.
- Em alguém do quadro?
- Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar e sentiu que eram parecidos.
- Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente a criar laços com os que estão presentes.
- Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros.
- E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr
ordem?''


Diálogo retirado do filme  O Fabuloso destino Amélie Poulain. 

domingo, 15 de junho de 2014

Na falta

Na falta de alegria, chorei
Na falta de sorrisos, música
Na falta de coragem, esqueci
Na falta de você, eu mesma
Na falta de felicidade, postagem
Na falta de amor, perdão
Na falta de esperança, tua voz.

A rotina que não cansa

Ouvir tua voz e não enjoar.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Sobre Histórias

Lembro que sempre gostei de ouvir histórias, e com o passar do tempo apaixonei-me por contá-las. Toda teoria que a gente tem contato precisa ter alguma finalidade para a vida prática, se não for deste jeito, na verdade não serve para nada.  E quanto às pessoas e  as relações humanas não sou caxias ou radical: não acho que um pessoa precisa ser uma coisa e necessariamente ter que abrir mão de outra. Como se fôssemos caixinhas que precisam ser separadas e categorizadas.
Hoje, com este post, não tenho a intenção de contar uma história, mas pensar e refletir sobre o movimento da história, seja ela coletiva, subjetiva ou pessoal.  A pergunta que me segue e não me deixa dormir é: quantas histórias cabem num espaço de tempo?
 Engraçado como minha formação têm influenciado a maneira como eu vejo as coisas e percebo o mundo. Sinto-me inclinadíssima a tendência de que devemos entender o momento histórico para compreender as ações dos sujeitos, e que isso tem tudo a ver com as experiências pessoais. Daí percebo o quanto a teoria pode aliar-se à prática e que talvez eu esteja fazendo bem o dever de casa.
Nada do que é histórico me parece estranho, inexplicável ou uma verdade absoluta. Este pequeno texto, diferente dos demais que escrevo, parece frio e científico, mas garanto- lhes que isto muito pouco tem a ver com a pessoa que tenho me tornado depois das experiências que vivi na minha História, ou com a permissão de que outras pessoas também fossem personagens na minha narrativa.
Talvez a tentativa de explicar tudo de forma descritiva e reflexiva, não ajude-nos a encontrar todas as respostas, mas quem sabe tirar  um pouco do peso dos ombros.
Não cabe a nós julgar as pessoas, o que elas fazem o que se tornam. Tem aquele velho ditado que o pior perdedor é aquele que mente pra si mesmo. E é bem isso, sem delongas e teorias.
O fluxo que escreve a história não é um só, ele é múltiplo e surpreendente.  Não é cíclico e nem constante. Ele se desdobra e ganha corpo. Ele permite várias  interpretações e discursos. Os personagens não são os mesmos, por sua vez, as ações também não. Os fatos podem ser um só, mas a História não é só uma. Nem o final.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O amor verdadeiro existe

Primeiro: Sim, é possível viver um amor de verdade. Um amor sem prisão, sem posse. Amor puro e não apenas encantamento. Um amor em que o relacionamento acaba e você respeita e ama aquela pessoa pra sempre.
Eu deveria, por associação de ideias e talvez por olhar pra dentro e ver tanto coração espremido que isto tudo é uma grande bobagem. Mas existe um ditado que é a maior verdade do mundo: o que você viveu ninguém pode tirar de você. Infelizmente neste grande pacote vem a maior dor do mundo e as náuseas. Os dez dias de choro e o olhar pro mar e nada mais fazer mais sentido. Mas isto é a gotinha do copo. Tudo é escolha. É o que você sente, mas não só isso, é o que pode passar a ser passado, e isso, só depende de você mesmo.
O mais difícil é sempre perdoar. O perdão é árduo, sofrido, diário. O perdoar a si próprio também é importante. Esvaziar as caixas, apagar as fotos, as noites que você pensa mas não chora, as noites que sem perceber você para de pensar, e de chorar. Um mês. O que é um mês para um sentimento que parecia te devorar, tomar conta de você e te causar dependência.
Mas aí é sempre a mesma questão, o mesmo problema colocado. O problema dos 15 anos, dos 17, de quando seu pai vai embora, de quando o mundo de faz chorar, de quando você mesma subestima sua força: Vale a pena?
Verbalizar vale, isso eu sei. Sonhar valeu, chorar valeu. Esperar. Sorrir. Amar. Agradar. Querer. Proteger. Suspirar. Claro que vale!
Cada momento serviu pra constituir quem eu sou hoje. Me faz bem acreditar que eu muito contribuo pra vida de quem me cerca. Quem sou eu pra jugar tudo o que você fez. Se de repente deixou de me amar, se de repente escolheu outra vida e não sonhou mais comigo. As pessoas às vezes não são, estão.
As poucos tudo vai fazendo sentido. Não como quebra cabeça que talvez eu só precisasse usar a lógica pra descobrir qual é o sentido, mas como milhões de papeis picados que eu preciso unir e desvendar o que querem dizer. Palavra por palavrinha. O trabalho não é fácil. Eu que sei! Mas é recompensa é grande. É ver quem me ama sorrindo e ficando feliz por minha causa. Um eu te amo nunca vai ter preço. Nunca! Se é de verdade nunca vai passar. Às vezes as pessoas só pensam em si mesmas, como um dom. Será que isso é defeito? Eu sou tão pequena que não consigo entender.
Mais uma que aprendi: nossa geração não tem palavra. Acreditemos, bater no peito e dizer que é homem não é ser. Os homens de hoje não são como os nossos avós. Basta que sejamos apenas sujeitos históricos. As pessoas se enganam, é mais fácil. Mas este texto não é sobre os outros. Ele é sobre mim, sobre nós, sobre tudo isso que tá passando.
Fico impressionada de ver como eu sou só amor. Eu sempre ouvi que era especial e nunca acreditei. Hoje, na minha casa, com meus amigos de infância me abraçando e com pessoas me dizendo diariamente o quanto sentiram minha falta, que não me esqueceram e que o que eu representei não vai passar, eu me sinto importante. Eu me sinto única. Sinto o que achei que só você neste mundo poderia me proporcionar. Então o que eu peço hoje quando oro por você é que não nos falte amor nesta vida. E pra mim é que eu ouça muitas vezes ainda " Você é linda por dentro e por fora." Que eu acredite nisso.
Que eu transborde sempre amor e no meu coração não caiba ódio. Que eu seja e saiba ser mais sincera com as próximas pessoas que passarem pela minha vida. Que eu me ame, que eu ame. Amém!
 O amor verdadeiro existe.

domingo, 2 de março de 2014

Amor é pororoca

O amor é como uma pororoca de março: chega e sai arrastando tudo, sem olhar pro lado, sem pedir licença. Amar é pedir que arrastem nossas certezas.